por Márcio Vieira
março 31, 2020
Ter uma dÃvida bancária é algo desagradável. Isso para a maioria das pessoas e das empresas. Normalmente a gente não planeja ficar devendo, ainda mais para banco, não é verdade?
Dever para bancos trás vários problemas. A preocupação, o incômodo da dÃvida, atrapalha a sua produtividade. Comprovadamente, a maioria das pessoas com dÃvida bancária produz menos.
E aà você entra num cÃrculo vicioso, pois cada vez mais os seus dias são mais estressados. E fica a impressão de que a solução fica cada vez mais longe.
Se você está à frente de uma empresa então, o problema parece ainda maior. Seja você o dono da empresa, seja o responsável pelas finanças, lidar com dÃvida bancária é um desafio constante. Você é testado a cada dia, a cada instante.
O propósito deste texto, portanto, é compartilhar informações úteis que tornem um pouco mais fácil a árdua tarefa de lidar com este problema.
O problema das dÃvidas bancárias nas empresas
Dados oficiais apontam para cerca de 5 milhões de micro, pequenas e médias empresas com dÃvida bancária. Ora, a dificuldade de lidar – e solucionar – este problema acaba inviabilizando muitos empreendimentos.
É inegável que os últimos cinco anos têm sido especialmente difÃceis para quem toca um negócio. Você procura resolver um pequeno problema de fluxo de caixa. Mas aà as coisas não vão exatamente como você planeja. E sem perceber a cada dia você afunda um pouco mais. O gerente do banco, que deveria ser um aliado seu no enfrentamento destas dificuldades, está mais interessado no cumprimento das metas dele.
Por isso, acaba lhe ofertando soluções que mais resolvem o problema dele do que o seu. Com isso, a cada novo negócio, acaba impondo taxas, tarifas, garantias, condições as mais variadas que só deixam a sua vida mais difÃcil.
Uma verdade precisa ser dita. Você tem parte da responsabilidade pela dÃvida bancária da sua empresa. Se você é como a média das pessoas, acredita na história do banco, e que ele está ali para lhe ajudar. E você acaba não fazendo as contas direito. Quando percebe, já está criada uma situação que parece sem volta.
O efeito deletério da dÃvida bancária
Conviver com uma dÃvida bancária é especialmente danoso. Via de regra, sua empresa tem dificultado o acesso a novos créditos. E daà você precisa fazer malabarismos, segurando a barra até que a situação melhore. Só que muitas vezes leva mais tempo para melhorar do que você gostaria. E daà o fôlego acaba. As cobranças continuam. E a crise se instala.
O principal objetivo da sua empresa é gerar riqueza, é gerar valor. Assim você mantém o negócio vivo, paga todas as suas obrigações, e consegue gerar um excedente. Este excedente é a justa contrapartida pelo seu empenho, pelo risco que você assume com o seu negócio.
Porém, quando a sua empresa se desorganiza financeiramente, você ganha um sócio indesejado. O banco, que fica pairando como uma sombra ameaçadora. A dÃvida bancária é quase como uma doença. Ou como uma pedra no sapato. Atrasa a sua vida e da sua empresa. Adia seus planos de expansão. No limite, inviabiliza o seu negócio.
Mas então, como lidar com a dÃvida bancária?
Obviamente, há maneiras certa e erradas de lidar com uma dÃvida bancária. Algumas são desastrosas. E incrivelmente, é o que muita gente faz.
Um caminho bastante saudável é reconhecer o problema e atacá-lo o mais cedo possÃvel. Sempre que possÃvel, não deixe a bola de neve se desenvolver. Se você faz isso, parabéns, você é exceção. Mas se você está lendo este texto, a chance maior é que a sua dÃvida bancária já esteja em um estágio um pouco mais avançado.
Se isso é verdade, é necessário tomar algumas medidas mais duras.
A primeira delas é estancar o cÃrculo vicioso. Tomar dinheiro novo? Somente num contexto viabilidade da gestão financeira. Desde que se tenha feito contas antes. E tendo a convicção de que é a melhor alternativa.
E a organização financeira da sua empresa, como está? Está num nÃvel ótimo? É possÃvel implantar melhorias? Estas por sinal são perguntas a que se deve retornar com alguma periodicidade. O mundo dos negócios é cada vez mais dinâmico. O que está bom hoje necessariamente está bom amanhã.
A chance maior é que você não consiga atender os dois pontos acima: estancar o cÃrculo vicioso e ter uma gestão financeira ótima. A solução da sua dÃvida bancária passa então por colapsar a relação com o banco. Verificar a possibilidade de irregularidades. Adotar uma postura estratégica e negocial voltada para a liquidação da sua dÃvida de forma otimizada. Por forma otimizada, me refiro a pagar o mÃnimo possÃvel, obviamente dentro da legalidade e da ética.
A importância do planejamento
Assumir este caminho exige planejamento. Antes de confrontar o banco, você precisa se planejar. No curto espaço deste artigo não dá para desenvolver as estratégias de preparação. Mas anote isso: Antes de ir ao campo de batalha, planeje-se.
Uma vez tendo feito o tema de casa, não há razão para temer o confronto com o banco. Lembre sempre: banco não põe para perder. Mesmo quando faz um acordo com 95% de desconto. Sim, isso acontece. Não com grande frequência, mas acontece.
Então você deve focar em adotar a postura adequada. Não ceda aos primeiros argumentos do banco. Estes via de regra dão a impressão de que você não tem alternativas. Mas isso é uma falácia. E a postura adequada é perseguir sempre a solução que mais atenda a sua necessidade. Seja ela pagar à vista com um bom desconto, ou readequar o fluxo de pagamentos à sua realidade atual.
E notÃcia boa, tem?
Sim, tem notÃcia boa sim. A grande maioria dos casos que têm uma condução adequada leva a uma solução que atenda a necessidade da empresa. É preciso observar uma metodologia. Esta pressupõe inclusive o acesso ao Poder Judiciário, quando a situação assim o recomenda. O que mais importa é que é possÃvel sim estar no controle da situação.
A dÃvida bancária é um problema. Salvo situações muito especÃficas, ninguém escolhe ficar devendo. Porém é possÃvel estar no controle da situação, e conduzir sua empresa para fora da crise, retomando a tranquilidade e o nÃvel de produtividade que você almeja. Para isso, é necessário fazer a coisa certa.